Poesia: a Voz e o Ouvido da Alma |
Náufrago
Quando você entra na sala de aula Com seu corpo inacessível e Com seu rosto indecifrável Um sentimento de desejo Misturado a uma sensação de culpa Seqüestra minha alma imprevisível Que era serena Mas agora está confusa
Quando você me olha Sinto às vezes que não me vê Outras vezes que me repreende em silêncio Alguns olhares são frios Tão frios como a noite mais fria Guardando tristeza indefinida ou solidão imensurável Outros olhares deixam escapar Uma faísca de esperança Que não sei se incendiará o mundo Ou apenas o meu coração
Seus cabelos ao vento Pertencem ao vento Suas lágrimas ao luar Pertencem ao luar
Poderiam o vento, o luar, e outras forças da natureza Trazer-me alguém por quem estou simplesmente náufrago?
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André Luiz Barbosa
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